Se você deseja se candidatar nas próximas eleições, já está mais do que na hora de começar o seu planejamento de campanha política. Provavelmente, os seus adversários já estão se preparando, e você não deseja ficar para trás, correto?
Neste post, vamos te mostrar tudo o que você precisa fazer para se organizar e realizar um trabalho bem estruturado, cujos resultados permitam que você atinja seu maior objetivo: ser eleito!
Para que o conteúdo fique bem claro e a leitura seja dinâmica, separamos este guia em 5 passos básicos que você deve dar para começar o seu planejamento de campanha política.
Como planejar uma campanha política:
-
Segundo passo: fazer pesquisas e entender as demandas do seu público
-
Terceiro passo: definir propostas, temas relevantes e a imagem que deseja passar
-
Quinto passo: definir como funcionará sua presença na internet
Vamos lá?
Primeiro passo: montar uma equipe de sucesso!
É claro que você sozinho não conseguirá executar todas as ações necessárias para conseguir ser eleito. Por isso, um bom planejamento de campanha política começa com a definição de uma equipe completa e variada, cujos membros tenham diferentes habilidades e estejam em sintonia uns com os outros.
Como bem já afirmou o consultor político Gaudêncio Torquato uma vez, “uma equipe não ganha eleição, mas se for mal articulada pode levar uma campanha eleitoral ladeira abaixo”. Então, é preciso ter bastante atenção no momento de recrutar os integrantes do time!
O mais aconselhável é selecionar pessoas que já tenham trabalhado com você em outras ocasiões. Se o orçamento do partido for apertado, vale a pena optar por contar com familiares, amigos e voluntários. O importante é estar cercado por pessoas de confiança.
O ambiente político pode muitas vezes se constituir sob um clima de tensões. Nesses momentos, ter uma equipe unida irá aliviar possíveis momentos de stress e conflitos internos. Ademais, você conseguirá formar um sentimento de confiança entre os que trabalham ao seu redor, e saberá exatamente com quem você poderá contar.
Entre os membros que deverão ser selecionados, podemos citar os seguintes:
-
Coordenador geral da campanha: como o nome já diz, esse profissional será o responsável por coordenar todas as áreas, desempenhando diversas funções e alinhando as diferentes tarefas da equipe.
-
Coordenador financeiro: esse membro tem a responsabilidade de pensar em formas de arrecadar recursos, executar essas ideias, realizar o controle financeiro e prestar contas à Justiça Eleitoral.
-
Coordenador de marketing: esse profissional tem o trabalho de coordenar toda a equipe ligada à comunicação do político, como redatores, produtores de marketing digital e roteiristas. Ele também deve entrar em contato com a mídia para divulgar as ações do candidato.
-
Redatores, produtores de marketing digital e roteiristas: são os profissionais responsáveis pela comunicação do político, cuidando de suas redes sociais, site, blog, envio de e-mails e SMS e produção de vídeos, por exemplo.
-
Coordenador de pesquisa: é a pessoa responsável por analisar os dados de pesquisas qualitativas e quantitativas e, a partir disso, traçar estratégias assertivas no que se refere a propostas do político, discursos, visitas aos cidadãos etc.
-
Coordenador de militantes e cabos eleitorais: esse coordenador é o responsável por comunicar aos militantes e cabos eleitorais todas as ações do político, bem como fornecer o material de divulgação necessário, como panfletos e banners.
-
Militantes: são as pessoas que farão a divulgação das propostas e ações do político, de maneira informal, junto aos cidadãos. Eles são apoiadores do político e difundem seus ideais, recebendo ou não por isso.
-
Cabos eleitorais: os cabos eleitorais são contratados por um período de três meses e têm como objetivo promover o político, fazendo bandeiraços, entregando santinhos e realizando mobilizações em debates, por exemplo.
Em nosso blog, você também pode conferir por aqui um guia para criar um time de sucesso!
Segundo passo: fazer pesquisas e entender as demandas do seu público
Como já falamos neste texto sobre marketing eleitoral, um dos maiores erros que fazem um candidato perder as eleições é basear suas propostas e, consequentemente, seu marketing eleitoral, no “achismo”. Ou seja, o político e sua equipe pensam que já sabem quais são os anseios da população e baseiam suas propostas nisso.
Assim, muitas vezes, eles perdem a oportunidade de abordar elementos chave que poderiam cativar o público-alvo e estabelecer um diferencial entre o político e seus oponentes, deixando passar uma oportunidade de ouro para se destacar e vencer as eleições.
Então, para um bom planejamento da sua campanha política é preciso entender as demandas do seu público.
Antes de definir suas propostas e começar a divulgá-las, considere quais são os desejos, anseios e necessidades da população. Ouça o que as pessoas têm a dizer e leve isso em consideração, pois só assim você cativará a confiança dos cidadãos e, é claro, seus votos!
Nesse tipo de pesquisa, é interessante descobrir o seguinte:
-
Os assuntos que mais interessam aos eleitores da região.
-
Os pontos positivos e negativos do governo atual.
-
As ações do governo corrente que devem ser mantidas ou eliminadas.
-
Temas que o candidato deve evitar abordar em suas campanhas.
-
A visão que o público já possui em relação ao candidato.
Para realizar esse trabalho, você pode contar com uma equipe de voluntários, ou até mesmo contratar uma agência especializada no assunto.
Também é importante entrar em contato com as lideranças da região, como sindicalistas, empresários e líderes comunitários, a fim de verificar quais são as últimas novidades em suas áreas de atuação.
Esse contato tem como objetivo principal verificar quais são as demandas de grupos relevantes da população e dialogar com seus líderes, com o intuito de encontrar soluções e propor projetos para melhorar as situações de diferentes categorias da sociedade.
Outra ideia é identificar as manifestações, protestos e greves mais recentes realizadas na região, dando maior atenção àquelas com um número maior de integrantes e com ações mais solidificadas.
Após essa triagem, é preciso entender quais são as reivindicações desses grupos e pensar em formas de atender às suas demandas. Depois, é possível procurar os representantes e conversar com eles, buscando soluções em conjunto para seus problemas.
Terceiro passo: definir propostas, temas relevantes e a imagem que deseja passar
Como já falamos em nosso e-book com o passo a passo de uma campanha eleitoral, é preciso definir, antes de tudo, quais serão as propostas do candidato, os temas relevantes que serão abordados, bem como a imagem que deseja passar! Sem isso, é impossível desenvolver um bom planejamento de campanha política.
Qual será sua imagem?
Obviamente, um candidato político precisa ter carisma. Mas não é só isso que deve ser levado em consideração. Dependendo do público-alvo, é possível definir se a linguagem utilizada será mais formal ou mais informal, bem como definir o estilo do design utilizado na campanha e até mesmo o tipo de vestimenta a ser escolhida.
Seu objetivo é transparecer a imagem de um político experiente, ou você prefere usar a imagem de um jovem com toda a energia necessária para fazer a diferença? Você irá utilizar uma linguagem mais séria e formal, que demonstre autoridade, ou acha melhor investir em um discurso mais informal e próximo à população? E as roupas? Você fará uso de peças voltadas para o ambiente executivo, ou irá optar por itens mais descontraídos?
Tudo isso conta para que você mantenha uma imagem coerente ao longo de seu trabalho.
É muito importante que você se preocupe com a sua imagem e realize ações coerentes com os ideais da campanha.
Além disso, é preciso ser participativo, isto é, marcar presença em eventos ou locais relacionados ao público-alvo que o você deseja atingir, divulgando fotos e vídeos desses momentos e interagindo com os potenciais eleitores.
O candidato deve mostrar-se presente não apenas em um momento específico de sua campanha, mas sim ao longo de toda a jornada, conquistando a simpatia das pessoas e ganhando credibilidade entre seu público.
Quais serão os temas da campanha?
Os temas devem ser delimitados e moldados de acordo com o público-alvo que se procura atingir. Podem ser escolhidos temas primários e secundários, sendo que os primários receberão um foco maior ao longo da campanha.
Os temas podem estar relacionados a saúde, educação, segurança, meio ambiente, transporte, arte e cultura, entre muitos outros.
Quais serão as propostas?
A partir da definição dos temas que serão privilegiados na campanha, você e sua equipe devem propor as ações que serão tomadas para solucionar os problemas encontrados nessas áreas e para gerar melhorias para a população.
Se o tema for “proteção animal”, por exemplo, devem ser listadas as ações que serão tomadas para proporcionar benefícios às pessoas que se preocupam com essa questão, como castração gratuita para animais de rua, criação de clínicas veterinárias etc.
Quem serão suas personas?
Quem quer desenvolver uma carreira política deve sempre estar focado em uma pessoa específica: seu eleitor. Não adianta nada ter propostas fantásticas se elas não chegarão até a pessoa que pode dar seu voto ao candidato. Portanto, é sempre preciso ter em mente qual será o seu público-alvo, definindo personas específicas.
Trata-se do perfil de uma pessoa fictícia que pode representar um grupo, com suas características emocionais, profissionais, biológicas, de idade etc. Dessa forma, ao criar suas campanhas e mensagens você pode fazê-lo pensando nesse indivíduo, pois isso te permitirá criar um discurso mais pessoal e bem direcionado, de acordo com as necessidades e anseios do seu público.
Você pode entender um pouco mais sobre o assunto no nosso post com 6 dicas para conquistar eleitores.
Quarto passo: criar um banco de dados de eleitores
Um passo indispensável no seu planejamento de campanha política é pensar em estratégias para ter uma base de contatos rica e bem segmentada. Só assim você poderá entender as demandas do seu público.
Ao possuir uma relação organizada com as informações de seus eleitores e potenciais eleitores, você pode elaborar propostas e ações que estejam direcionadas a esse público, considerando seus anseios e necessidades.
Além disso, ter um banco de dados é indispensável para que você possa enviar suas propostas e novidades por e-mail ou SMS, de forma segmentada. Ou seja, se você vai tratar sobre uma proposta para os professores do estado, é bem interessante que você envie uma mensagem personalizada para todos esses profissionais da sua base.
No entanto, algo que sempre falamos e precisamos repetir: não compre uma lista pronta, pois isso é proibido por lei, e você pode pagar multas enormes por isso. Além disso, banco de dados comprados são pouco eficientes!
Para criar sua própria base de contatos, você pode baixar nosso e-book gratuito sobre o assunto aqui.
Quinto passo: definir como funcionará sua presença na internet
Hoje em dia, é impossível pensar em um planejamento de campanha política que não envolva a internet e suas ferramentas.
Mesmo antes do período de campanha oficial começar, você já pode marcar presença nas redes e fortalecer sua imagem, ganhando a confiança dos internautas: potenciais eleitores seus!
Primeiramente, é preciso definir quais tipos de conteúdo você irá veicular na rede: Enquetes e pesquisas? Fotos de ações e participações em eventos? Textos se posicionando sobre assuntos que estão em alta? Frases de impacto? Outros tipos de material?
Além disso, é preciso definir quais redes sociais serão utilizadas e quais outros meios serão explorados para angariar cidadãos no meio virtual.
Neste post sobre como começar uma campanha política na internet trazemos várias informações sobre as opções que a web pode trazer para seu marketing eleitoral.
Em resumo, as possibilidades mais interessantes são as seguintes:
-
Site
-
Blog
-
Facebook
-
Twitter
-
Instagram
-
LinkedIn
-
E-mail marketing
-
SMS
No final de 2017 o TSE autorizou a realização de campanhas pagas nas redes sociais! Mais uma oportunidade de alcançar o seu eleitorado! ;)
Mas, claro, é preciso ter cuidado com a lei eleitoral. Siga sempre as seguintes regras:
-
É proibido pedir votos fora do período de campanha
-
É obrigatório oferecer a opção de descadastramento em e-mails e SMS
-
É proibido comprar listas de contatos
Bônus: a importância de um software de gestão
Como você deve ter percebido, são várias as ações que devem ser tomadas no seu planejamento de campanha política. Se você não contar com um bom software de gestão política, é bem provável que seu trabalho acabe virando um caos e os resultados não sejam tão bons quanto o esperado,
Um sistema de gestão permite que você crie um banco de dados de eleitores organizado, com filtros relacionados a inúmeras características, como idade, profissão, classe social etc.
Além disso, você pode disparar SMS e e-mails para inúmeros contatos em poucos segundos, usando as segmentações da sua base. Isso sem contar que você pode medir os resultados, obtendo gráficos e relatórios a partir de cada disparo.
Com um sistema de gestão, você também pode ter uma agenda dinâmica para controlar as ações de sua equipe, e realizar todo o controle financeiro da campanha. Se quiser uma demonstração gratuita do NeritPolítica, basta clicar aqui!
Esperamos que tenha gostado das nossas dicas para iniciar o seu planejamento de campanha política. E, se ainda tiver dúvidas, deixe seu comentário aqui embaixo ou fale com um especialista da nossa equipe!
Post originalmente publicado em 24/03/2017 e atualizado em julho de 2018!
Ana Codeglia
Deixe seu Comentário