Com a aproximação do período eleitoral a disputa vai se acirrando e cada candidato começa a buscar alternativas para conseguir se destacar positivamente e manter seu nome na boca do povo. Uma dessas formas é o marketing de guerrilha. Mas você está pronto para esse tipo de estratégia?
Aliás, você sabe o que é o marketing de guerrilha? O post de hoje vai esclarecer do que exatamente se trata esse termo e como ele pode ser aplicado na política, mais especificamente em campanha eleitorais, momento de chamar a atenção do eleitorado e de garantir a permanência da imagem do candidato no imaginário popular.
O que é marketing de guerrilha?
A expressão foi criada por um publicitário norte-americano chamado Jay Conrad Levinson nos anos 1970. O termo faz referência a Guerra do Vietnã, que teve início em 1959 e terminou em 1975. Os guerrilheiros norte-vietnamitas se tornaram reconhecidos por possuírem poucos recursos e poder de fogo, mas mesmo assim conseguirem surpreender os adversários com técnicas de guerrilha incomuns.
Os combatentes demonstravam um conhecimento muito grande dos lugares das batalhas, muita rapidez nos ataques e contra-ataques e por vezes o apoio da população local. Tudo isso em conjunto rendia o fator surpresa.
O marketing de guerrilha geralmente faz uso de ações mais curtas, de pequena duração e que geralmente não necessitam de um investimento muito alto para a implementação, tendo um custo baixo, o que já é muito vantajoso.
O grande diferencial é que essas ações procuram sempre fugir do convencional e tradicional, sendo marcadas pelo inovação e pelo inusitado. Isso é capaz de provocar uma reação nas pessoas fazendo com que elas sejam difíceis de serem esquecidas.
Esse tipo de estratégia pode ser adotada para os mais diversos nichos mercadológicos e até mesmo por ONGs que querem chamar a atenção para alguma causa específica.
Um bom exemplo de marketing de guerrilha é o que é feito pela rede de canais norte-americana HBO, que costuma realizar intervenções em algumas cidades antes da estréia de alguma nova série ou nova temporada. As intervenções podem ser simples, como leves modificações em no transporte público como banners e plotagem, ou mais elaboradas e impactante, como tingir de vermelho a água de uma fonte para fazer propaganda de uma série que tem como tema vampiros. Essas são formas de alimentar a expectativa dos telespectadores e mantê-los engajados antes mesmo da exibição das produções.
Marketing de guerrilha em campanha eleitoral
O crescimento de um investimento em marketing guerrilha, assim como outras tendências publicitárias para a política, assim como o marketing de conteúdo, por exemplo, vem da necessidade de criar novas formas de atingir os eleitores, abordagens mais criativas com as quais o público terá mais facilidade de se identificar e se engajar.
O marketing de guerrilha é totalmente aplicável ao meio político e às campanhas, ainda mais considerando o quanto as eleições tendem a se tornar cada vez mais acirradas. As eleições podem ser consideradas verdadeiros campos de batalha e todas as armas disponíveis se tornam úteis nessa guerra.
É possível gerar ainda mais engajamento com as ações desse tipo de marketing é incentivar o eleitor a acompanhar a mobilização através das mídias sociais. Dessa forma, tanto a operação quanto a imagem do candidato ou partido envolvido repercute mais.
Uma boa forma de fazer isso é fazer transmissões ao vivo pelo Facebook, Instagram, Youtube, etc., para que as pessoas que não estão presentes no local possam interagir de alguma forma ou criando hashtags para que o público possa seguir e acompanhar o que têm sido falado sobre aquilo nas redes. Para ter certeza de que a estratégia está sendo bem sucedida não deixe de fazer o monitoramento das redes sociais.
Quando as ações dão errado
É muito importante salientar que mesmo se tratando de ações rápidas e com menos investimento financeiro, o marketing de guerrilha deve envolver muito planejamento e estudo prévio do público, caso contrário a execução dos empreendimentos pode dar errado e repercutir de forma negativa com o eleitorado.
Um exemplo negativo é o do que foi feito pela marca P&G, que em 2010 espalhou pela cidade do Rio de Janeiro várias caixas de maneira sem disponibilizar nenhuma informação ou nada que fizesse associação com a marca. Isso acabou gerando um medo muito grande na população e a polícia teve que ser envolvida, pois foi levantada a suspeita de que as caixas pudessem conter explosivos.
O ideal é que as ações provoquem sempre sensações e emoções positivas nas pessoas. Para evitar tiros nos pés não faça nada muito chocante ou que possa ativar algum gatilho nas pessoas.
Este foi o nosso post de hoje sobre marketing de guerrilha na política. Esperamos que agora você e sua equipe já estejam preparados para adotar esse tipo de estratégia em sua campanha eleitoral da maneira mais correta, mas caso ainda tenha alguma dúvida é só perguntar nos comentários. Você também pode fazer sugestões de temas que quer ver aqui no nosso blog.
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Mariana Silva
Mariana Silva é jornalista e especialista em marketing político e eleitoral. Escreve para o NeritPolítica e está sempre em busca do que há de mais novo no mundo da política.
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