Aqui mesmo no nosso blog, em outra oportunidade, já falamos sobre o quão essencial é contar sempre com uma assessoria de imprensa política, principalmente para àqueles em campanha eleitoral.
Essa importância se dá graças à um trabalho imprescindível realizado por esses profissionais: o gerenciamento de crises. Quer saber do que isso se trata ou não sabe como isso é feito? A gente te explica!
Gerenciamento de crises: o que é e por que eu preciso disso?
A relevância de exercer um bom gerenciamento de crises está relacionada à preservação da imagem e reputação de um político, partido ou candidato. Sem uma boa imagem perante a opinião pública, a vida e o caminho político não são nada.
É por isso que esses agentes investem tanto em relações públicas, publicidade e em construir um bom relacionamento com a mídia e com o público . Ou pelo menos deveriam.
O gerenciamento de crises é importante para políticos em mandato e para aqueles que ainda estão na corrida eleitoral. Para os primeiros, se deve muito ao fato de que uma crise ou escândalo podem acabar abalando a confiança da população, prejudicando a governabilidade ou até mesmo desfazendo alianças.
Já para os candidatos que estão correndo atrás da eleição, não saber lidar com uma crise na imagem pode colocar tudo a perder, desmoralizando o candidato perante o eleitorado e fazendo com que ele não seja eleito.
Se prepare
O primeiro passo do gerenciamento de crises é se preparar para elas. Por mais idôneo que o político seja e de fato não tenha feito nada de errado, estamos vivenciando um tempo em que o surgimento e a veiculação de fake news está cada vez mais recorrente. E qualquer um pode ser vítima de boatos e armações.
Para se preparar para qualquer crise de imagem é necessário fazer um bom mapeamento dos riscos, identificando todos os possíveis cenários e analisando os adversários.
Outra maneira de se preparar é instruir todos os envolvidos com o relacionamento com o público e a mídia (o político, seus assessores e porta-vozes, etc.). Isso pode ser feito através de cursos de media training, para que todos saibam se portar corretamente, sendo preparados para saber dar boas respostas e se posicionar nas redes sociais ou na TV, por exemplo.
Também se prepara para crises quem faz uma boa avaliação da imagem e da reputação, reconhecendo os pontos críticos que podem ser trabalhados em busca de melhoras e os os pontos positivos, que podem e devem ser destacados.
Todo esse preparo é importante pois evitar que no caso de uma crise as ações tenham que ser feitas no total improviso, de maneiras muitos arriscadas e sem embasamento. Dessa forma, as pessoas envolvidas com o gerenciamento já são previamente determinadas e já estudam as situações, conseguindo agir com maior tranquilidade e rapidez e que as decisões sejam tomadas com mais precisão.
Monitoramento é essencial
Outra etapa primordial do gerenciamento de crises é o monitoramento, pois só assim é possível tomar conhecimento dos conflitos de imagem e ter uma noção de que as ações de reparação estão tendo o efeito esperado.
Como já falamos, grande parte da opinião pública está na internet e é lá que se dá a massiva propagação de fake news. Portanto, é necessário realizar um intenso monitoramento de redes sociais.
Isso quer dizer fazer um acompanhamento constante do que anda sendo compartilhado nas mídias sociais sobre o político para que seja possível rebater determinados conteúdos, principalmente os enganosos.
Uma mentira, por menor que seja, nas redes tem o potencial de se tornar uma bola de neve gerando uma crise de imagem extremamente prejudicial intenção de voto do eleitorado.
Superando uma crise de imagem
A primeira coisa a ser feita é ter uma noção da dimensão do problema e de sua repercussão. Identificar até onde chegou para começar a agir. E as ações de reparação devem ser iniciadas com rapidez. Não espere “a poeira abaixar”.
Para combater uma crise, principalmente uma causada pela veiculação de fake news, é preciso explicitar a verdade, seja por meio de algum posicionamento, documentação, dados, notícias verificadas, etc., tudo que estiver disponível para provar seu ponto.
Reunido todo esse material, é hora de colocá-lo em destaque para promover o esclarecimento e a reversão do conflito.
Não veja mídia como inimiga, mas sim como um canal para que a verdade seja transmitida e mantenha a comunicação com o público aberta e clara. Não deixe a opinião pública no escuro, se omitindo e evitando se posicionar, isso tende a ser muito pior.
Depois da tempestade
Após o enfrentamento e a superação de uma momento de crise, é hora de fazer um estudo sobre o que aconteceu. Isso servirá como base para possíveis ocorrências no futuro, servindo como lição e aprendizagem.
Outra dica é: não reacender a polêmica. Uma vez que a crise chega ao fim, não fique voltando no assunto, mesma que seja para reforçar que tudo não passou de boatos e mentiras. Isso pode alimentar a discussão e causar mais problemas.
Esse foi o nosso post de hoje sobre gerenciamento de crise para políticos e sua importância. É um tema muito delicado e que merece bastante atenção e o ideal é sempre contar com uma equipe de profissionais capacitados para lidar com esses problemas.
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Mariana Silva
Mariana Silva é jornalista e especialista em marketing político e eleitoral. Escreve para o NeritPolítica e está sempre em busca do que há de mais novo no mundo da política.
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