O envio de SMS eleitoral em período de campanha política é permitido pela legislação vigente. Dessa forma, muitos candidatos vêm essa estratégia como uma ótima oportunidade de se comunicarem com os cidadãos de maneira diferenciada, personalizada e eficiente.
Essa ferramenta, se bem utilizada, pode trazer resultados incríveis para a campanha política, já que a taxa de leitura dos torpedos é muito alta, se comparada, por exemplo, ao email marketing. Estima-se que, aproximadamente, 90% das mensagens recebidas pelos usuários são lidas.
Além disso, de acordo com pesquisas do IBGE, mais de 80% dos brasileiros possuem aparelhos celulares. Assim, o envio de SMS permite alcançar uma parcela considerável da população.
Por outro lado, é preciso tomar muito cuidado no momento de adotar essa estratégia. Se alguns erros forem cometidos, é possível que o efeito gerado seja altamente negativo, podendo comprometer todo o andamento da campanha.
Para te ajudar, então, trazemos aqui 10 erros que você não deve cometer ao enviar um SMS eleitoral. Vamos lá?
Comprar listas de contatos
O erro número 1 de quem envia um SMS eleitoral é comprar listas de contatos prontas. Como já contamos em nosso post sobre como começar a utilizar torpedos na campanha política, de nada adianta você ter o que dizer se não tiver um destinatário de qualidade para receber sua mensagem.
Um grande erro dos políticos é achar que basta sair disparando seus torpedos a um monte de pessoas que os resultados serão positivos. No entanto, não é assim que as coisas funcionam, verdade?
Comprar listas prontas, com milhões de contatos, pode parecer tentador, e gera a impressão de ser o caminho mais fácil para o sucesso. Mas, acredite: fazer isso é dar um grande tiro no pé!
Se você quer enviar um SMS eleitoral que cause um efeito positivo, é indispensável criar sua própria base de contatos. A pessoa que for receber sua mensagem já tem que ter ouvido falar de você. Caso contrário, ela ficará extremamente incomodada e irritada com sua estratégia, sentindo até que sua privacidade foi invadida.
Por outro lado, quando a pessoa já está interessada em suas propostas e em suas ideias, ela se sentirá confortável ao receber uma mensagem sua, ficando feliz e satisfeita com sua atitude de mantê-la informada sobre sua campanha. Viu a diferença?
Isso tudo sem contar que, por lei, os políticos estão proibidos de comprar listas prontas, e quem infringir essa norma pode pagar multas que variam entre 5 mil e 30 mil reais. Portanto, fuja dessa cilada!
Se quiser saber como criar sua própria base de contatos, é só ler nosso texto com o passo a passo completo para cadastrar eleitores em seu banco de dados.
Não oferecer a opção de descadastramento
Outro erro grave, que também é punido por lei, é deixar de oferecer uma opção de descadastramento para o destinatário do SMS eleitoral. A legislação exige que o usuário possa optar por não receber mais os conteúdos do remetente.
Em alguns casos, a pessoa pode receber um link no qual ela deve clicar para se descadastrar. Em outros, é possível pedir à pessoa que responda à mensagem caso não queira continuar recebendo os torpedos.
Além de respeitar a lei, permitir a opção de descadastramento é uma ação ética e responsável, já que demonstra respeito com as pessoas e sua privacidade.
Falar apenas de si mesmo
Sejamos sinceros: ninguém gosta de receber mensagens pelo celular com propagandas ou pedidos de votos. Entre tantos torpedos recebidos pelos usuários, poucos vão se destacar e conseguir chamar a sua atenção.
Portanto, no momento de enviar um SMS eleitoral, ofereça conteúdo de qualidade. Não fale apenas de você, mas mostre quais vantagens você pode trazer ao seu destinatário. Traga informações relevantes, que farão alguma diferença para o cidadão que for receber a mensagem. Use a criatividade e, principalmente, coloque-se no lugar do outro!
Enviar mensagens genéricas
Outro erro grave de quem opta por enviar um SMS eleitoral é enviar mensagens genéricas. Como falamos no tópico anterior, um bom conteúdo é essencial para chamar a atenção do destinatário. E, para isso, é preciso enviar mensagens personalizadas, com as quais cada cidadão se identifique.
Quando você tiver uma base de dados própria, como falamos no primeiro tópico deste texto, você poderá cadastrar as informações dos seus contatos e segmentá-los de acordo com suas características.
Assim, se você quer divulgar uma proposta para trazer melhorias a uma categoria profissional específica, por exemplo, você pode enviar um SMS para todas as pessoas de sua lista que se enquadrem nesse perfil. Isso fará com que elas se interessem muito mais pela sua mensagem!
Esquecer de revisar a gramática dos textos
Esta dica é bastante óbvia, mas não custa relembrá-la! Uma mensagem mal escrita, com erros de concordância e ortografia, por exemplo, pode gerar um impacto altamente negativo, por mais que o que você esteja dizendo seja fantástico.
Não adianta ter um ótimo conteúdo se o texto não for revisado e apresentar erros gramaticais. Portanto, nada de sair escrevendo a mensagem às pressas sem antes revisá-la. De preferência, conte com alguém craque em português para fazer esse trabalho.
Exagerar na frequência de envios
É bastante comum que os políticos que optam por enviar um SMS eleitoral acabem exagerando na frequência de envio das mensagens. Pode parecer que, quanto mais vezes você falar com um cidadão, maiores serão as chances de ele se lembrar de você. No entanto, as chances de você cansá-lo e incomodá-lo são muito grandes!
Procure encontrar um equilíbrio: não envie muitos SMS, ao ponto de os destinatários se cansarem de você, mas também não envie poucas mensagens ao ponto de as pessoas esquecerem da sua existência. Não há um número certo, mas o envio de um torpedo por semana é suficiente para manter uma comunicação eficiente com o eleitorado.
Redigir mensagens muito longas
SMS é a sigla do termo em inglês “Short Message Service”, que significa “Serviço de Mensagens Curtas”. Como o próprio nome já diz, então, os textos não devem ser extensos.
160 caracteres são suficientes para comunicar tudo o que é necessário, sem cansar o leitor!
Deixar de especificar seu nome e número
Já pensou receber uma mensagem sem saber quem é o remetente? Isso, com certeza, faria com que você perdesse o interesse no que o torpedo diz e não desse nenhuma credibilidade ao conteúdo, não é mesmo?
Portanto, lembre-se de sempre assinar a mensagem ou explicitar, de alguma forma, quem você é, incluindo seu nome e seu número eleitoral.
Não incluir um call to action
Um call to action (CTA) é uma chamada para a ação. Ou seja, é aquilo que você irá solicitar ao seu destinatário que ele faça. Pode ser clicar em um link para acessar seu website ou blog, pode ser comparecer a um evento, pode ser te dar o seu voto, entre muitas outra ações.
O importante é que o cidadão saiba o que ele tem que fazer. Caso contrário, o seu SMS eleitoral será mais uma mensagem na caixa de entrada do seu destinatário, que não trará nenhum valor para ele.
Enviar mensagens incoerentes com o resto da campanha
Se você optou por utilizar um tom mais informal ao longo de suas postagens em redes sociais, por exemplo, é indispensável que você mantenha essa característica também em seu SMS eleitoral. Isso permitirá que você mantenha uma coerência e que os cidadãos se identifiquem com suas ações, confiando muito mais em você!
Esperamos que tenha gostado da nossa lista com 10 erros que você não deve cometer ao enviar um SMS eleitoral. E, se quiser saber mais sobre o assunto, baixe o nosso e-book sobre como usar SMS em uma campanha eleitoral gratuitamente. Boa leitura! :)
Ana Codeglia
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